Natureza oferece energia

As fontes de energias renováveis no Brasil são diversas. Especialistas percebem o potencial brasileiro para a fabricação de biodiesel e outras formas como a biomassa (aproveitando o bagaço da cana de açúcar), eliminando alternativas que ameaçam a vida como as usinas nucleares.

O Brasil assinou em junho passado (2004), durante a Conferência sobre Energias Renováveis, em Bonn, na Alemanha, um memorando de entendimento com a Alemanha para cooperação na área de energias alternativas. O termo prevê a troca de informações e a parceria entre os dois governos em projetos de desenvolvimento de energias renováveis não poluentes, como a eólica, solar, biomassa, geotérmica e de hidrogênio.

Os membros do Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais, Luciano Basto Oliveira e Ângela Oliveira da Costa, dizem em artigo “Biodiesel: uma experiência de desenvolvimento sustentável”, sobre a importância de procurar novas formas de energia renovável.

“A busca de uma alternativa energética para os combustíveis fósseis retoma a agenda internacional, com um elemento novo: a crescente preocupação ambiental. Como os óleos vegetais, o biodiesel não contém enxofre e não gera poluentes durante sua produção industrial”, apontam.

Biomassa
A primeira cidade a investir na biomassa (gases combustíveis que substituem óleo diesel) no país foi Aquidaban, a 90 km de Manaus (AM). Foi instalada na cidade a tecnologia indiana de gaseificadores que geram energia elétrica. Esse produto é considerado farto e economicamente viável para regiões pobres.

O equipamento, de pequeno porte e em fase de testes, pode reduzir em até 80% o consumo do diesel em sistemas de geração distribuída de energia elétrica de pequeno porte, usado por comunidades rurais de regiões remotas, como na Amazônia brasileira, onde as distâncias tornam o custo do transporte do combustível até duas vezes mais caro que o custo do produto.

As biomassas utilizadas foram cavaco de eucalipto, casca de cupuaçu, casca de côco de babaçu e peletes de resíduos de eucalipto. O consumo de biomassa seca necessária para a produção de energia elétrica é de 1 kg/h para cada kW elétrico gerado. O uso do diesel não pode ser dispensado nesse trabalho, porém seu consumo é utilizado apenas para fazer o motor funcionar.

Finlândia
Na Finlândia, a biomassa ganhou status considerável. A proporção do consumo total de energia do país, proveniente de energia de biomassa, é de cerca de 25%, ou 90 TWh (milhão de MWh) por ano. De acordo com o programa nacional de energia da Finlândia, espera-se aumentar em 50% o uso da biomassa nos próximos anos.

Para os empreiteiros finlandeses do setor de colheita isso pode levar a um aprimoramento adicional no potencial de mercado do combustível de fibra de madeira. O volume de combustível de fibra de madeira já 1,7 milhão de m³ de combustível de fibra de madeira usado na Finlândia. O objetivo é aumentar esse volume para 5 milhões de m³ por volta de 2010.

Fonte: Rodrigo Herrero
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