Somos todos irresponsáveis?

Chuvarada intensa na cidade do Rio de Janeiro e em muitos outros pontos. Prejuízos imensos se acumulam a cada tragédia!

Vidas preciosas são ceifadas como folhas que se perdem ao léu. E parecem nada valer.

Lixo em quantidade nunca vista se acumulando prá todo lado,
e a repórter vaticina: É culpa do poder aquisitivo que melhorou, sobremaneira! Mais grana, mais lixo!

Nada muda! Nada funciona! Nada resolve, diz desalentada a entrevistada nesta manhã outonal de terça feira.

E há uma imensa distância entre a resposta da repórter e a veracidade dos fatos. Há uma imensa distância entre consciência e insensatez arrogante.

O planeta É DE TODOS NÓS! Urge conscientizar que cada um é responsável por mantê-lo limpo, saudável, agradável, para que possamos desfrutá-lo com todo o potencial que naturalmente nos pode ofertar.

Para mim, agrônomo estudioso, chega a ser irritante observar o comportamento das pessoas neste consumismo louco e desenfreado, onde poucos percebem que TUDO é finito. Com exceção de DEUS, tudo se transforma tudo se degrada e, recordando Lavoisier e ciente que nada criamos, mas transformamos tudo nesta dinâmica universal, parece-me imperioso entender e frear esta degradação ambiental que vemos acontecer cada vez mais amiúde, em muitos pontos de nosso planeta azul.

E quem mais sofre é o bicho homem.

Sofre pela ambição desmedida. Sofre pelo mau caratismo (viram a atitude insensata de Requião, este senador vergonha do Paraná, a um passo de agredir repórter da Band), sofre pelo comodismo que o deixa ignorante e longe do entendimento e da verdade. Sofre pela truculência de poderosos ineptos e despreparados. Sofre pela drogas de todos os matizes que intoxicam seu corpo e minam suas últimas e débeis forças.

Carecemos de EDUCAÇÃO! Carecemos demais de ciência da nossa pequenez, frente às forças da natureza. Não somos páreos contra adversário tão gigante!

A ocupação desordenada de nossos solos afronta a qualidade de vida de nossos cidadãos. Aqui vale recordar o que me lembrou o colega Edmilson: A Dra. Dirce Pinto Pacca de Souza Britto, nossa ex-mestre em Estatística, há mais de quarenta anos atrás fez manifestação pacífica na cidade do Rio de Janeiro, abrindo um buraco no asfalto de uma calçada, para plantar arvore de nossa mata atlântica. Atitude inteligente. Louvável, no sentido de alertar!

Precisamos tomar atitudes drásticas, enquanto não chegarmos ao ponto de não retorno! Botar a boca no trombone, sem dó!
Esta ambição desmedida que leva a usar toda parcela de solo, está comprometendo a própria vida, e os cidadãos vêem seus bens sendo levados enxurrada abaixo. Vidas são ceifadas aqui e acolá e isto está se tornando comum demais. Banal demais!
Embora saibamos todos que EXISTEM recursos para a prevenção da maioria destas tragédias, a desqualificação de nossos políticos de todas as esferas, torna tudo absolutamente caótico.

O que comentar de Dilma, com seu discurso de posse e suas ações até esta data? O que comentar do doutor honoris causa falastrão mor, molusco 51? O que comentar deste governo petista que faz escoar pelo ralo da incompetência e corrupção, a riqueza oriunda do labor de milhões de brasileiros?
Um governo que pouco sabe! Pouco lê! Pouco vê!

Sim. Creio sermos TODOS IRRESPONSÁVEIS, porque suportamos todo este caos perplexos e calados. É mais do que hora de BOTAR A BOCA NO TROMBONE.

É mister dar um basta a incompetência que nos rodeia. Antes que seja tarde. Amém!

João Antonio Pagliosa
Engenheiro Agrônomo pela UFRRJ em 1972
Curitiba, 26 de abril de 2011 joaoantoniopagliosa@gmail.com