A comunidade de Porto Velho, que abriga a Casa do Mel, já vêm comercializando seus produtos da roça por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) do Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA) e expôs os pontos positivos e negativos de sua experiência no processo de comercialização. O ponto positivo, de acordo com a comunidade, foi a melhoria da renda com a inserção no PAA, e poder vender os produtos da roça tradicional a preços justos. Um aspecto negativo destacado foi o fato de que o município de Iporanga, onde se localiza Porto Velho, não tem instituições suficientes para consumir toda a produção das comunidades, gerando desperdício. Uma solução foi firmar novos contratos com outras prefeituras para não perder a produção. Já a experiência das comunidades de associar-se com cooperativas para facilitar as vendas ao PAA não foi bem sucedida. Por essa razão, as comunidades quilombolas do Vale do Ribeira se uniram para formar sua própria cooperativa.
No decorrer da oficina, realizada pelo ISA em parceria com o Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp), foi feito um levantamento da produção de mel de todas as comunidades, número de apicultores e quantidade de colmeias, para analisar de que forma o mel seria comercializado nos programas da agricultura familiar. Em Porto Velho, que sedia a Casa do Mel, são 13 apicultores, com 170 colmeias e uma média de produção anual de 5.000kg. Em Pilões, três apicultores e 45 colmeias produzem anualmente 750kg. Piririca tem três apicultores, nove colmeias e uma produção anual em média 400kg. Cangume tem 16 colmeias, sete apicultores e uma produção média anual de 400kg. Comparandos-e as comunidades envolvidas, Porto Velho apresenta avanços na produção de mel, com estimativa de aumento para a próxima safra. A estratégia da oficina foi organizar essa produção nos programas de comercialização.