Cachorro do mato vinagre

Este canídeo distribuía-se originalmente por quase toda a América do Sul, desde a fronteira da Colômbia com o Panamá até Santa Catarina. Está em processo de extinção por causa das queimadas, do desflorestamento e da ocupação humana de seus habitats.

Atualmente, no Brasil, pode ser encontrado em florestas de mata atlântica, como no Parque Estadual Intervales-SP, em campos úmidos no cerrado, como no Parque Nacional das Emas-GO e no Pantanal.

O cachorro-do-mato-vinagre possui uma adaptação para viver em regiões alagadas: seus dedos são ligados por uma membrana, o que o torna um hábil nadador e mergulhador. Esta afinidade com a água o torna conhecido no Peru como cachorro d’água. Também não possuem alguns molares comuns em canídeos em geral.

Na natureza, apesar de ser difícil de ser visto, já foi observado em matilhas de 10 a 12 animais. Alimenta-se de crustáceos, cutias e pacas; em grupo, costumam caçar animais maiores como capivaras e emas jovens. A paca é a sua principal presa e está em processo de extinção, obrigando o cachorro-do-mato-vinagre a mudar seus hábitos alimentares.

Abriga-se em tocas em troncos de árvores e em buracos abertos por tatus de grande porte. Após um ano de existência atinge a maturidade sexual. As fêmeas têm uma gestação de 67 dias, nascendo em média três filhotes, sendo que as ninhadas podem variar de um a seis. Os machos costumam trazer alimento para as fêmeas durante o período de amamentação.

Comprimento: até 75 cm (corpo); cauda: até 15 cm
Altura: 30 cm
Peso: 7 kg
Gestação: 67 dias
Número de filhotes: 3
Longevidade: 10 anos
Hábito Alimentar: Carnívoro, diurno
Alimentação: crustáceos, pequenos vertebrados, pacas, capivaras.