Pequenos igarapés de Manaus abrigam até 50 espécies de peixes

Em um igarapé típico de um a três metros de largura podemos encontrar até 50 espécies nativas de peixes. Quando o ambiente é degradado, com a retirada da floresta e com a poluição, estas espécies podem simplesmente desaparecer daquele local. Foi o que afirmou o biólogo e pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), Jansen Zuanon, na palestra ‘Igarapés, natureza, desafios e oportunidades’, durante a primeira reunião deste ano e a 33ª do Grupo de Estudos Estratégicos Amazônicos (Geea) do Inpa.

Zuanon fez uma breve explanação sobre o seu campo de pesquisa, peixes, e sobre a situação geral em que se encontram os igarapés da área urbana de Manaus. Ele explica que quando os igarapés são degradados, a maior parte das espécies nativas é exterminada, às vezes, não restando nenhuma espécie de peixe no local. Ainda segundo ele, as espécies que geralmente são encontradas em igarapés fortemente poluídos e degradados não são nativas desses igarapés, mas sim de outros tipos de ambientes, como as várzeas.