Brasil perde Bertha Becker, a geógrafa da Amazônia

Uma vida dedicada a entender a Amazônia. A geógrafa Bertha Koiffmann Becker dedicou mais de 40 anos de estudos sobre a região. Neste tempo, acumulou prestígio e se tornou referência. Becker morreu na tarde do último sábado (13), aos 82 anos, em decorrência de um câncer do pulmão. Foi enterrada no Cemitério de Vilar dos Teles, em Belford Roxo.

Ela se dedicou a estudar a expansão da fronteira agropecuária, fenômeno que se debruçou no início da década de 70. O currículo extenso será resumido aqui. Não há espaço para todas as obras. Becker se gradou em Geografia e História pela antiga Universidade do Brasil (hoje UFRJ) em 1952 e Docente Livre-Doutora em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1970). Realizou pós-doutorado no Massachusetts Institute of Technology – Department of Urban Studies and Planning (1986). Na Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde se formou, alcançou o cargo de professora emérita e deu aulas por mais de 40 anos. Lecionou também no prestigiado Instituto Rio Branco. Era integrante da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e coordenadora do Laboratório de Gestão do Território – LAGET/UFRJ.