Manifestantes fizeram um ato público hoje (2) em frente à sede da Petrobras, no centro do Rio de Janeiro, para denunciar a estatal pelo lançamento no mar de resíduo tóxico gerado pela extração de petróleo e gás. A campanha, denominada Água Negra Não, contou com integrantes de movimentos sociais, pescadores artesanais e comunidades impactadas pela indústria do petróleo.
O ambientalista, gestor e planejador ambiental Sérgio Ricardo disse que o resíduo, chamado de água de produção ou água negra, contém substâncias altamente poluentes, como anticorrosivos, etanol, metais pesados, elementos radiativos, entre outros. Segundo ele, das 110 plataformas no território nacional, apenas 21 possuem estação de tratamento de seus efluentes.
De acordo com Ricardo, 82% da produção de petróleo do país são no Rio de Janeiro, ameaçando o meio ambiente do estado. “Os licenciamentos ambientais não estão levando em conta os ecossistemas, os pescadores artesanais e muito menos os riscos ambientais dessa atividade. No Rio, há um apagão na política ambiental. Isso tem ameaçado a nossa rica biodiversidade”, avaliou.