Este ano, serão jogadas no lixo 42 toneladas de baterias de celular usadas no Brasil, estima o CPqD. “Trata-se de um lixo que não é biodegradável, composto de produtos com um ciclo de vida longo, de difícil decomposição, e que ainda têm o risco de contaminar o meio ambiente”, diz Sebastião Sahão, diretor da instituição¸ que desde 2005 desenvolve com o apoio do Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel) um projeto sobre impactos das telecomunicações no meio ambiente e na saúde humana.
“Hoje, temos mais de 200 milhões de linhas celulares em atividade no Brasil. Isso gera uma quantidade enorme de sucata, não só de baterias, mas também proveniente de outros componentes”, comenta Sahão. O CPqD estima que o tempo de troca de um celular no Brasil é de dois anos, em média, o que significa dezenas de milhões de terminais descartados anualmente. No agregado, calcula-se que os descartes de resíduos eletrônicos no País cheguem a 97 mil toneladas anuais.