Ineficiente, cara, burocrática, lenta. Ainda assim, absolutamente indispensável. Dessa forma, o embaixador Marcos Castrioto de Azambuja diplomaticamente critica e defende a mais representativa e importante instituição internacional. “A ONU é a cara do mundo”, resume. Para ele, as Nações Unidas e a diplomacia internacional precisam encontrar o ponto de equilíbrio entre o alarmismo de ambientalistas mais radicais e o ceticismo político, que atrasam os acordos necessários para a preservação do meio ambiente. Foi ele o negociador-chefe do Brasil para a ECO-92, função que, na Rio+20, cabe ao embaixador André Aranha Corrêa do Lago. Azambuja acredita que o momento histórico não é favorável para a reedição da conferência que há 20 anos reuniu 108 chefes de estado no Rio de Janeiro. A Rio+20, prevê, será limitada pela conjuntura da crise econômica mundial e não terá o mesmo nível de participação da antecessora.