Do estágio de replantio, quando a muda atinge porte consistente, à produção, tempo de corte é de sete anos. É quase o dobro do tempo de preparação do gado de corte para o abate, mas o que mais atrai os pecuaristas para as florestas plantadas são os lucros que a madeira pode gerar, seja para a produção de celulose, seja para a geração de energia aos altos fornos e caldeiras das grandes indústrias de alimentação e siderurgia.
De acordo com o diretor-executivo da Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas (Reflore-MS), Dito Mário, a genética já permite ao pecuarista, em menor espaço, fazer a engorda. O dirigente, engenheiro agrônomo, diz que as florestas plantadas são a maneira mais eficaz para recuperar o solo degradado. Por isso, acha natural que os pecuaristas busquem desenvolver a silvicultura em maior escala ou optem pelo confinamento. Esse sistema de engorda leva à sobra de área que pode ser coberta pelo eucalipto.
“Depois do melhoramento genético do gado, não há mais necessidade de tanto espaço para manter os animais. Uma parte da fazenda deve ser dedicada à silvicultura, de forma direta ou por meio de fomento ou até mesmo de parceria com as indústrias de celulose”, afirma Mário.