A partir da próxima semana, negociadores de mais de 190 países voltam a discutir as responsabilidades para conter os impactos das mudanças climáticas. Durante a 18ª Conferência das Nações Unidas para o Clima (COP18), que ocorrerá de 26 de novembro a 7 de dezembro, em Doha, capital do Catar, técnicos, especialistas e autoridades governamentais devem estabelecer uma nova agenda e reforçar compromissos já assumidos para minimizar os efeitos provocados pelas alterações do clima, que afetam milhares de pessoas em várias regiões do planeta com secas extremas e enchentes, por exemplo.
A conferência será aberta sem grandes expectativas por parte dos governos. Os negociadores sabem, por exemplo, que o debate sobre o Fundo Verde, um mecanismo de financiamento para os países menos desenvolvidos estabilizarem as emissões de gases de efeito estufa (GEE), não deve evoluir. Nos encontros internacionais mais recentes, os representantes das economias mais desenvolvidas, que deveriam repassar o dinheiro, têm reforçado que os efeitos da crise econômica minam qualquer tipo de comprometimento financeiro.