Ante o impasse entre as nações desenvolvidas e as emergentes e em desenvolvimento na Conferência da ONU sobre o Clima (COP-19), recentemente realizada em Varsóvia, na Polônia, o Comitê de Mudanças Climáticas da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) entende não ser razoável que o Brasil indique metas antes de ter alguma clareza sobre os compromissos que os países ricos estão dispostos a negociar. Afinal, já antecipamos algumas ações e temos nos mostrado flexíveis.
A entidade, que participa das COPs desde o Encontro de Copenhague, em 2009, integrando a delegação brasileira coordenada pelo Ministério das Relações Exteriores, pondera que agora é hora de um pouco de cautela, pois o encontro de Varsóvia caracterizou-se por uma cisão entre os desenvolvidos, liderados pelo Umbrella Groupe, e os em desenvolvimento, representados pelo G77 & China, no qual está o Brasil. Os primeiros se negam a discutir sua responsabilidade histórica na emissão de gases de efeito estufa, que possibilitou que crescessem e enriquecessem. Esta discussão possibilitaria um melhor balanço nas responsabilidades futuras a serem assumidas por todos os países. O que desejam é o comprometimento atual de todos com objetivos a serem estabelecidos.