Cinco temas, entre outros, condicionam os rumos da matriz energética brasileira: geopolítica energética mundial, mudança do clima global, perfil sociodemográfico, perfil da indústria e competitividade da economia.
O shale gas, tal como o choque nos preços do petróleo há 40 anos, tem potencial para mudar a geopolítica energética mundial, afetando relações de preço entre os energéticos, a importância estratégica deles e de até algumas regiões do mundo. Basta dizer que Estados Unidos e China, os maiores consumidores de petróleo do mundo, detêm as maiores reservas de shale gas do planeta. O Brasil não está à margem desse cenário. As perspectivas que se abrem para o gás não convencional no País são condicionantes, junto com o pré-sal, da evolução da economia e da matriz energética nacional nos próximos 10 ou 20 anos.