O climatologista Richard Lindzen não acredita que as emissões de combustíveis fósseis sejam a principal causa do aquecimento global. Conseguiu, porém, algo raro para alguém de sua opinião: teve seus estudos analisados pelo IPCC, o painel da ONU que avalia as evidências da mudança climática.
As menções a Lindzen no quinto relatório de avaliação do IPCC, porém, não são elogiosas. Seus estudos sobre mecanismos de feedback –que cancelam ou amplificam o efeito estufa– foram citados e, logo em seguida, contestados. Falharam tentativas de reproduzir seu trabalho sobre “sensibilidade” do clima (medir quanto a Terra aquece se o nível de CO2 dobrar).
A teoria mais conhecida de Lindzen, o efeito íris, afirma que a mudança climática faria as nuvens aprisionarem menos radiação infravermelha, um feedback que cancelaria o aquecimento global.