A onda verde está a invadir as prateleiras de beleza. Cosméticos naturais ou orgânicos ganham cada vez mais espaço entre o público que quer cuidar da aparência sem agredir a natureza. O que diferencia esses produtos dos demais é serem formulados com uma determinada percentagem de ingredientes provenientes da natureza. Os níveis mínimos dessas substâncias variam e são estabelecidos por órgãos certificadores da área.
Outra regra geral para estes produtos é não conterem ingredientes de origem sintética, como corantes, fragrâncias ou conservantes. Para merecer a classificação «natural», não podem ser formulados a partir de derivados de petróleo, como silicone e óleos minerais, nem compostos geneticamente modificados e, claro, também não podem ser testados em animais. «No caso dos cosméticos orgânicos, a produção emprega apenas vegetais cultivados sob as regras da agricultura orgânica», explica Emiro Khury, farmacêutico e director técnico da Associação Brasileira de Cosmetologia.
Esses cuidados ajudam a minimizar o impacto ambiental em todas as fases do processo de fabrico do produto. «Na maioria dos casos, as matérias-primas utilizadas nestes cosméticos são consideradas biodegradáveis e pouco poluentes», acrescenta Khury. Além disso, ao substituir as substâncias sintéticas por outras naturais, há uma redução nos efeitos tóxicos. «Mesmo não sendo hipoalergénicos, os cosméticos naturais costumam desencadear menos processos irritantes ou alérgicos», diz o farmacêutico Célio Takashi Higuchi, coordenador do curso de pós-graduação em Cosmetologia Aplicada à Estética do Centro Universitário Senac.