Declínio de grandes predadores representa risco à preservação global

Em ecossistemas ao redor do mundo, o declínio de grande predadores como leões, dingos, lobos, lontras e ursos tem mudado as paisagens selvangens desde os trópicos até o Ártico. Uma análise de 31 espécies carnivoras publicada nesta quinta-feira na revista Science mostra pela primeira vez os efeitos que ameaças como a diminuição do habitat, a perseguição por humanos e perda das presas estão virando a mesa contra a natureza e criando grandes centros de mortandade de predadores.

A pesquisa descobriu que mais de 75% das 31 grandes espécies de carnívoros estudadas estão em declínio, e 17 dessas espécies agora ocupam menos da metade do território em que costumavam viver anteriormente, de acordo com os autores. A Amazônia está entre as áreas onde diversos animais estão perdendo sua população, assim como no sudeste da Ásia e em parte da África. Com algumas exceções, grandes carnívoros já foram exterminados de boa parte do mundo desenvolvido, incluindo Europa Ocidental e os Estados Unidos.