A selva amazônica do imaginário de muita gente é distante, densae não isenta de perigos. Para entrar na floresta intocada é preciso percorrer caminhos difíceis, passar horas em barcos suspeitos, dormir em redes puídas. Esse imaginário não bate com o novo cenário que pouco a pouco muda a cara da região. Diversas empresas vêm levando conforto à Amazônia – como os cruzeiros do Iberostar, por exemplo. Na região do Rio Cristalino, onde a Amazônia se aproxima dos campos de soja sem fim do estado do Mato Grosso, está um lodge notável, um dos melhores da América do Sul, o Cristalino Jungle. O lugar é isolado, selvagem, cheio de vida e demanda o uso de repelente. Mas você não precisa sofer para chegar e muito menos para ficar lá.
O Cristalino está numa reserva particular contígua a um parque estadual, o que perfaz uma área verde total de 197 mil hectares (cerca de 1 250 parques do Ibirapuera) e garante um ecossistema privilegiado. A base mais próxima é Alta Floresta, que tem voos regulares (de São Paulo, TAM e GOL, em codeshare com Trip e Passaredo, levam desde R$ 429). Daí são 40 minutos em um 4×4 até a beira do rio Teles Pires, onde começa o traslado (um belo passeio, digase) até o hotel, subindo de voadora o rio Cristalino por pouco mais de meia hora.