Passei dois meses no Centro-Oeste onde conheci Pirenópolis e arredores. Fiquei maravilhado com a quantidade de água e belezas naturais diversos dos encontrados na região sudeste. A vegetação foi a primeira coisa que me chamou atenção. O contraste das flores com o restante da vegetação seca e muitas vezes queimada pelo fogo do Cerrado fascina. Após sair de Pirenópolis, tentei ir até a Chapada dos Veadeiros, mas já no fim da viagem tive que deixar para a próxima oportunidade.
Ela não demorou tanto a chegar. Quatro ano depois saí do Rio de Janeiro numa manhã de maio e cheguei em Alto Paraíso no fim da tarde do mesmo dia. Apesar de cansativo, ver o sol caindo atrás de uma grande montanha em formato de mesa, no fim da tarde, foi um prenúncio do que estava por vir nos dez dias daquela surpreendente estada.
A primeira grande sensação foi me enebriar com a qualidade do ar. Para quem está acostumado aos ares pesados e cinzas da metrópole carioca, sente-se um leve torpor, pulmões a toda, e uma emoção absurda de estar simplesmente vivo.