Há milênios usado no Oriente, o bambu passou a chamar a atenção dos ocidentais nos anos 80, graças ao arquiteto colombiano Simón Vélez: “Nasci em uma selva de bambu, compartilhava o desprezo pela ‘madeira dos pobres’, como chamávamos o material”, confessa. Sem limitar-se ao preconceito, ele pesquisou profundamente a espécie Guadua angustifolia, que cresce em abundância na região andina de seu país. Era usada em moradias desde os tempos pré-colombianos, mas não substituía materiais como ladrilho, aço e cimento. Finalmente, o arquiteto descobriu como introduzir cimento no entrenó do caule (as juntas horizontais das hastes ocas), alcançando assim uma relação peso/resistência maior do que o aço, o que deu origem a uma técnica do uso do bambu como elemento estrutural. Assim, surgiram inúmeras experiências, que tiraram proveito da beleza e de todas as vantagens desse material sustentável. Em primeiro lugar, sua capacidade de crescimento surpreende: na Ásia, pode chegar a 1 m por dia. Outro ponto positivo é que não consome energia em processos de transformação: depois de cortado, está pronto para o uso. “O bambu é econômico, tem emissão zero de carbono e é muito competitivo em relação às madeiras, pois pode ser colhido o ano todo e jamais se esgota”, explica a paisagista Renata Tilli, da Bambu Carbono Zero, empresa paulista que fornece produtos derivados da planta e presta serviços de consultoria.
Bambu, o poder da simplicidade
Há milênios usado no Oriente, o bambu passou a chamar a atenção dos ocidentais nos anos 80, graças ao arquiteto colombiano Simón Vélez: “Nasci em uma selva de bambu, compartilhava o desprezo pela ‘madeira dos pobres’, como chamávamos o material”, confessa. Sem limitar-se ao preconceito, ele pesquisou profundamente a espécie Guadua angustifolia, que cresce em abundância na região andina de seu país. Era usada em moradias desde os tempos pré-colombianos, mas não substituía materiais como ladrilho, aço e cimento. Finalmente, o arquiteto descobriu como introduzir cimento no entrenó do caule (as juntas horizontais das hastes ocas), alcançando assim uma relação peso/resistência maior do que o aço, o que deu origem a uma técnica do uso do bambu como elemento estrutural. Assim, surgiram inúmeras experiências, que tiraram proveito da beleza e de todas as vantagens desse material sustentável. Em primeiro lugar, sua capacidade de crescimento surpreende: na Ásia, pode chegar a 1 m por dia. Outro ponto positivo é que não consome energia em processos de transformação: depois de cortado, está pronto para o uso. “O bambu é econômico, tem emissão zero de carbono e é muito competitivo em relação às madeiras, pois pode ser colhido o ano todo e jamais se esgota”, explica a paisagista Renata Tilli, da Bambu Carbono Zero, empresa paulista que fornece produtos derivados da planta e presta serviços de consultoria.