Importante tendência ideológica anda se esforçando para dominar o ambientalismo brasileiro. Sua mais recente tacada se materializou com o lançamento, pelo governo federal, do Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo). Verdadeiro anticapitalismo no campo.
Recheado de boas intenções, tal plano configura uma espécie de socioesquerdismo esverdeado. Não é fácil defini-lo. Sua articulação política envolve os chamados “povos oprimidos”, em que se misturam índios, quilombolas, quebradoras de coco, comunidades ribeirinhas, pescadores artesanais, grupos em geral alinhados com o ideário do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Na contramão da História, eles propugnam uma “via camponesa” em contraposição ao agronegócio empresarial.