Durante sete anos, biólogos e veterinários de São Paulo e do Rio Grande do Sul recolheram 528 pinguins-de-magalhães nas praias do extremo sul do país. A maioria estava viva, embora muitos tão debilitados que morreram logo depois; outros já estavam mortos, em decomposição.
Em laboratório, fizeram a identificação do sexo e verificaram que as fêmeas eram a maioria dos animais mortos e dos que morreram durante a reabilitação, possivelmente por estarem mais fracas que os machos. A inesperada constatação representava uma possível explicação para o excedente de machos nas colônias de pinguins dessa espécie, um fenômeno bastante conhecido, mas nunca devidamente esclarecido.
Muitos pinguins também estão morrendo por causa da malária aviária, uma doença que preocupa os especialistas porque as mudanças do clima podem aumentar a distribuição geográfica dos mosquitos que a transmitem em áreas próximas às colônias das aves.