Parque Nacional do Monte Pascoal

O Monte Pascoal foi o primeiro ponto de terra avistado pelos portugueses em 1.500, quando descobriram o Brasil. O monte avistado foi batizado por Pedro Alvares Cabral com o nome de Monte Pascal. O nome da unidade é devido a este monte.

Há notícias sobre a existência do grupo indígena Pataxó no extremo sul da Bahia desde o século XVI. Esses indígenas, que naquela época já eram bastante influenciados pela cultura civilizada, possuíam pequena tradição agrícola, o que aliado ao assédio dos madeireiros da região, levou- os a desmatar e comercializar a cobertura vegetal nativa existente. Este fato aliado à expansão agrícola da região culminou com a propostas de criação da unidade. A primeira proposta de protegê-lo partiu da comissão nomeada pelo Governo Federal na década de 30, encarregada de determinar o exato ponto do descobrimento do Brasil, presidida por Bernardino José de Souza. A concretização dessa proposta partiu do General Pinto Aleixo, que criou o parque Monte Pascoal em terras devolutas do estado.

Possui 22.500 ha de área total e 110 Km de perímetro. Está localizado no extremo sul do estado da Bahia, no município de Porto Seguro. O acesso é feito, por via terrestre, através da rodovia BR-101, no trecho situado entre as cidades baianas de Itamaraju e Itabela, percorrendo uma estrada (BR-498) asfaltada que tem início na BR-101 com cerca de 14 Km até a entrada. A cidade de Itamaraju fica a 750 Km da capital do estado, sendo a mais próxima à Unidade.
O clima da região do Parque pode ser considerado de úmido a super úmido, tropical e subtropical, apresentando uma temperatura média entre 21 e 24,2° C. Conta ainda com precipitações com médias anuais em torno de 1500 a 1750 mm. A umidade relativa do ar fica em média em torno de 80% durante todo ano.

É aberto à visitação todos os dias da semana, das 8:00 às 16:00 hs.O valor do ingresso é R$ 3,00 por pessoa. A unidade tem como principal atração a trilha para o Monte Pascoal (valor histórico) e o centro de visitantes que conta parte da história do descobrimento do Brasil. Nos meses de dezembro a março e os de junho e junho, a unidade é mais visitada.

O relevo é caracterizado pelos depósitos de praias, às vezes com bancos de recifes, extensas planícies costeiras, tabuleiros da formação barreiras, colinas e pequenas serras de rochas cristalinas.

iga um dos últimos remanescentes da Mata Atlântica, tendo como vegetação predominante a Floresta Tropical Pluvial. Segundo aspecto fisionômico e estrutural esta tipologia assemelha-se à Hileia Amazônica, apresentando um vegetação densa e exuberante. Algumas espécies de ocorrência são visgueiro, farinha-seca e anda-açu (grande porte).

O Parque tem grande diversidade faunística. Entre os mamíferos destacam-se: veado-campeiro e a ariranha, ambos ameaçados de extinção. Ainda conta com alguns raros, como: ouriço preto, preguiça de coleira e o guariba. Já os carnívoros pode-se citar a suçuarana e a tradicional onça. As aves ameaçadas de extinção: urubu-rei, macuco e mutum.

A problemática da unidade reside nas atividades degradantes como: incêndios florestais, ação predatória sobre fauna e flora e descaracterização do ecossistema. Outro sério problema enfrentado pela unidade é o relacionamento conflitante com os índios Pataxós. No momento o Parque encontra-se ocupado pelos índios, que o invadiram no início do ano 2000.

Fonte: Ibama