Jundiaí, uma cidade mais limpa e consciente

“Não foi nada fácil. Estava tão habituada com as descartáveis. Mas temos que nos adaptar, já me acostumei em levar minha sacola de pano para o supermercado e acho muito bom”. O depoimento da dona de casa Edis Galvão é a síntese do sentimento da maioria dos moradores de Jundiaí, a 65 quilômetros da capital paulista, mais de um ano depois que os supermercados da cidade deixaram de oferecer gratuitamente sacolinhas descartáveis. “Tem tanta sacola plástica espalhada pelas ruas, pelos oceanos. É muita sujeira”, resume a dona Edis, que costuma freqüentar uma das lojas da rede de supermercados Russi, de Jundiaí. Ela conhece bem o caminho implacável das sacolinhas plásticas consumidas com exagero: voam pelas ruas, caem na rede de esgotos, desembocam em rios e córregos, chegam aos oceanos e matam animais marinhos que as confundem com alimento.

O casal Vanderval e Graciele da Cruz concorda plenamente, já preocupados com o futuro mais limpo que deixarão para o pequeno Davi de apenas quatro meses de idade. “Foi estranho no começo, sim. Mas agora está mais tranqüilo, sempre trazemos sacolas retornáveis. Reutilizamos até mesmo aquelas sacolinhas plásticas que se acumularam em casa”. E como fazem para depositar o lixo diário? “Passamos a comprar aqueles sacos pretos de lixo”, conta Vanderval.