Apesar de falhas, energia nuclear não pode ser descartada

O acidente nuclear em Fukushima mudou o panorama da política energética de alguns países. Motivados em grande parte por uma agenda política, Alemanha, Bélgica e Suíça decidiram fechar seus reatores nos próximos dez anos. O candidato socialista à Presidência da República na França prometeu fechar 24 unidades até 2025. Taiwan, Chile, Israel e Venezuela decidiram não continuar com seus programas nucleares.

A China, hoje quem mais investe na energia nuclear, está reexaminando seu plano de construir 26 reatores nucleares até 2020. Suas usinas serão construídas pela Westinghouse e Toshiba em conjunto com duas empresas chinesas. “Há temores de que a qualidade das usinas na China seja inferior devido à pouca experiência da mão de obra chinesa nesta área”, diz o físico nuclear José Goldemberg, do Instituto de Eletrotécnica e Energia da USP.