Coleta ilegal de pepino-do-mar agita o México

Murmúrios sobre perseguições em lanchas, batalhas com arpões em alto-mar e mergulhadores que nunca reemergem surgem e somem por aqui qual uma tempestade vespertina.
Os pescadores veem os forasteiros -e se veem mutuamente- com desconfiança.

“Vamos estraçalhá-los”, disse um deles, Jorge Luis Palma, olhando torto para um barco que ele não reconhecia.

O que trouxe tamanha hostilidade a esta aldeia? Pepinos-do-mar.

Esses espinhosos animais do fundo do mar não são consumidos no México, mas constituem uma iguaria altamente valorizada a meio mundo de distância, na China, o que motiva uma corrida do ouro marítima na península do Yucatán.

“A tensão agora explodiu”, disse Manuel Sierra, um dos líderes não oficiais dos pescadores locais. A pesca do pepino-do-mar foi proibida, mas a fiscalização é frouxa.